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OAB defende liberdade de expressão e critica ação do ministro da Justiça contra advogado

O presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, e a Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia (CNDPVA) repudiaram a ação do ministro da Justiça, André Mendonça, que requisitou inquérito policial, com base na Lei de Segurança Nacional, para investigar declarações do advogado Marcelo Feller sobre o presidente Jair Bolsonaro.

Feller participou, em julho do ano passado, de um programa jornalístico na televisão e criticou, com base em estudos acadêmicos, as atitudes do presidente Jair Bolsonaro no combate à pandemia da covid-19. Por causa da manifestação, o advogado virou alvo do ministro da Justiça. Para o presidente nacional da OAB, a medida tenta criminalizar os críticos do governo.

“O ministro da Justiça, André Mendonça, ao requisitar inquérito policial para investigar o advogado Marcelo Feller, busca atingir, mais uma vez, quem se manifesta de forma crítica ao descalabro do governo diante da pandemia que atinge os brasileiros. No momento em que o país soma mais de 212 mil vidas perdidas, a preocupação demonstrada pelo governo é intimidar e tentar calar os que apontam seus erros no lugar de salvar vidas, suprir oxigênio nos hospitais e viabilizar a vacinação de todos. Com a tentativa de criminalizar os críticos, o ministro extrapola suas funções, desvia o foco dos verdadeiros responsáveis pelo descaso com a saúde dos brasileiros e desrespeita princípios caros ao Estado Democrático de Direito, como a liberdade de expressão”, afirmou Felipe Santa Cruz.

O presidente da CNDPVA, Alexandre Ogusuku, classifica a abertura de inquérito como descabida e afirmou que a OAB está à disposição do advogado Marcelo Feller para auxiliar no que for necessário. “A Comissão de Defesa das Prerrogativas encaminhará para a diretoria do Conselho Federal a análise de um possível desagravo ao colega. A CNDPVA também repudia o que considera uma tentativa de silenciar as vozes críticas no debate público”, disse Ogusuku.

Fonte: Conselho Federal


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